Observa os pombos. O macho paquera a fêmea. O que ele faz? Enche o pescoço e roda em volta dela. O que ela faz? Evita por um tempo. Ele vai atrás. E assim em diante. Ele espera a resposta dela, ela espera a dele. Ambos fazem a mesma coisa há milhões de gerações. Cada um reconhece o comportamento do outro, o tem embutido em seu próprio DNA.
Simples.
Ouço dizer desde que me entendo por gente que quem complica somos nós, e o pior é que é verdade. Vejam bem: durante muitas manhãs acordei sofrendo antecipadamente a imaginar como seria o dia depois do dia em que eu me separaria do Jeferson... (ai que inveja dos pombos). Hoje é este dia, e eu me sinto três vezes mais forte e dez anos mais jovem.
Sempre acreditei que a força de uma pessoa é proporcional à sua capacidade de agüentar a desestabilização que acompanha toda tomada de consciência. Desestabilização significa tensão, que significa angústia, que para alguns significa desespero. O que me organiza (ai que ódio dos pombos) - e conseqüentemente ameniza esta complexidade toda - é pensar na imensidão do Universo. Pense: tudo surgiu de um pontinho invisível a olho nu, que “explodiu” (famoso e polêmico Big Bang), expandindo-se na incrível realidade que conhecemos. Sei que o ponto de mutação foi o tal desconforto, a inquietação desagradável, que grávida de possibilidades cresceu tanto até que explodiu, num universo novo. O mesmo vale para nós, meros seres humanos perante a grandeza do universo (embora uns ache o contrário). Mas dá muito trabalho mudar de atitude, de relação, de vida.
Existir cansa, se relacionar cansa, escolher cansa, mudar cansa... Deve ser por isto que quando alguém morre, os mais velhos falam: “fulano descansou!”.
Nem sei porque me remeti a morte para falar sobre meu cansaço, pois me sinto mais viva que nunca. Há tempos não sentia um alívio tão grande pós-decisão de tamanha relevância e decência para a minha vida.
Quem me conhece sabe que sou fascinada pela intelectualidade que orienta as filosofias e as grandes descobertas da humanidade, mas minha busca agora é por uma história de paz e um lugar de descanso. Por isto (e porque não vejo outra maneira) resolvi colocar as providencias divina à frente das minhas decisões, peço a Deus que me ajude a ser como os pombos e que me livre de pressupostos morais, éticos e de conformidade social para que todas as minhas escolhas sejam assertivas e me tragam a segurança que eu confortavelmente sinto hoje.
Simples.
Ouço dizer desde que me entendo por gente que quem complica somos nós, e o pior é que é verdade. Vejam bem: durante muitas manhãs acordei sofrendo antecipadamente a imaginar como seria o dia depois do dia em que eu me separaria do Jeferson... (ai que inveja dos pombos). Hoje é este dia, e eu me sinto três vezes mais forte e dez anos mais jovem.
Sempre acreditei que a força de uma pessoa é proporcional à sua capacidade de agüentar a desestabilização que acompanha toda tomada de consciência. Desestabilização significa tensão, que significa angústia, que para alguns significa desespero. O que me organiza (ai que ódio dos pombos) - e conseqüentemente ameniza esta complexidade toda - é pensar na imensidão do Universo. Pense: tudo surgiu de um pontinho invisível a olho nu, que “explodiu” (famoso e polêmico Big Bang), expandindo-se na incrível realidade que conhecemos. Sei que o ponto de mutação foi o tal desconforto, a inquietação desagradável, que grávida de possibilidades cresceu tanto até que explodiu, num universo novo. O mesmo vale para nós, meros seres humanos perante a grandeza do universo (embora uns ache o contrário). Mas dá muito trabalho mudar de atitude, de relação, de vida.
Existir cansa, se relacionar cansa, escolher cansa, mudar cansa... Deve ser por isto que quando alguém morre, os mais velhos falam: “fulano descansou!”.
Nem sei porque me remeti a morte para falar sobre meu cansaço, pois me sinto mais viva que nunca. Há tempos não sentia um alívio tão grande pós-decisão de tamanha relevância e decência para a minha vida.
Quem me conhece sabe que sou fascinada pela intelectualidade que orienta as filosofias e as grandes descobertas da humanidade, mas minha busca agora é por uma história de paz e um lugar de descanso. Por isto (e porque não vejo outra maneira) resolvi colocar as providencias divina à frente das minhas decisões, peço a Deus que me ajude a ser como os pombos e que me livre de pressupostos morais, éticos e de conformidade social para que todas as minhas escolhas sejam assertivas e me tragam a segurança que eu confortavelmente sinto hoje.
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